O existencialismo consiste muito mais do que apenas uma ideologia filosófica e literária orientada a análise da existência humana. Ele está presente na nossa cultura e se transforma com o passar do tempo a medida que o homem entende ainda mais sobre a sua própria natureza e a do seu entorno.

Assim, de acordo com alguns dicionários, o existencialismo está agrupado em algumas tendências ou vertentes. Isto é, mesmo, que compartam a ideia principal, divergem em algumas ideias e conclusões. Por isso, ele pode ser dividido entre o existencialismo religioso e o ateu ou agnóstico.

Características do existencialismo

Apesar da ideia concisa e heterogênea do existencialismo, surgiram tendências e ramificações dessa ideologia e que compartem algumas características fundamentais. Em primeiro lugar estaria o conceito no qual a existência precede a essência. Ou seja, para o existencialismo a existência humana precede a essência.

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Desse modo, guiando-se por um caminho diferente ao da filosofia ocidental que explicava o sentido da vida através de conceitos transcendentais e metafísicos, através de ideias religiosas, a noção de deus. Logo, definindo a existência através de um sentido externo e anterior ao sujeito e a sua existência em si.

Em segundo lugar, surge a noção de que a vida está imposta sobre uma razão abstrata. Assim, o existencialismo se opõem a hegemonia da razão como fundamento de uma reflexão filosófica. Portanto, desde a perspectiva dos existencialistas, a experiência humana não pode estar condicionada a um princípio absoluto e imutável. Em outras palavras, o pensamento racional como princípio absoluto nega a subjetividade, as paixões e os instintos que são ao mesmo tempo tão humanos como a consciência.

Uma ideologia com muitas vertentes

Logo em seguida, surge a ideia filosófica vinculada ao indivíduo. Sendo assim, essa noção se desenvolve através da ideia de que o existencialismo está centrada no próprio sujeito. Dessa forma, ele considera o indivíduo e a sua maneira de existir frente ao universo como uma experiência única, individualizada e personalizada pela sua própria experiência.

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Finalmente, outra característica de uma das vertentes do existencialismo se refletem na ideia da liberdade sobre a determinação das coisas exteriores. Nesse sentido se a existência precede a essência, o ser humano é livre e independente de toda e qualquer categoria abstrata. Portanto, a liberdade deverá ser exercida desde a responsabilidade individual.

Em suma, para o existencialismo a liberdade implica a plena consciência de que as decisões e ações pessoais influem no entorno social. Ademais, está atribuída as noções de ética onde nos tornamos corresponsáveis do bem e do mal. Podendo ser resumida em uma afirmação de Jean-Paul Sartre que diz: “O homem está condenado a ser livre.”

Tipos de existencialismo

Mesmo que a noção do existencialismo seja universal, existem muitas frentes que caracterizam essa ideia de distintas formas. De acordo com o existencialismo cristiano a existência do indivíduo está vinculada a uma perspectiva teológica. Portanto para a noção dessa ideia segundo o cristianismo o universo é paradoxo onde os sujeitos devem se relacionar com deus com independência das prescrições morais, em pleno uso da liberdade individual.

Em contrapartida está o existencialismo ateu que exclui qualquer tipo de justificativa metafísica da existência. Nessa noção, onde não existe a metafísica nem o progresso, tanto o exercício da liberdade de acordo com Sartre, com a existência, são motivos de aflição, muito mais além das ideias relacionadas a ética o valor das relações humanas e sociais.